Vai ou racha

Domingo, dia santo de azelhice na via pública.

Realmente, meus amigos, não gastem dinheiro em bilhetes para o circo ou até mesmo para o cinema, pois é dinheiro completamente mal empregue. Existem outras formas de investimento muito mais rentáveis, quer economicamente quer em termos de boa disposição.

Muitos gozam com o facto dos alentejanos se sentarem à beira das estradas, encostados às casas caiadas de branco e faixas azuis, mas aí é que vocês se enganam meus amigos! Eles sim, são possuidores do conhecimento! Na realidade, são eles quem gozam com os labregos que se auto-intitulam reis do asfalto!...

Ontem coloquei-me no papel do observador – uma vez mais. Sentada num banco no meio da Serra da Arrábida, lado a lado com umas ruínas romanas (achei tremendamente importante citar tais descrições) quando me deparo com tais ridículas figuras. Sim, senhor. Completamente amestrados, tenho de admitir. Era um puxa à frente, um puxa atrás, um raspa no carro do lado, um vai para o caralho acolá e um chupa-me a gaita aqui. Sim, senhor, completamente didáctico e instructivo.

E queixam-se que o código da estrada é degradante, quando na realidade o que é degradante mas tremendamente hilariante, quando só calha aos outros, é a tremenda falta de civismo nos automobilistas portugueses.

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