Um lapso de sensatez

Acho que pela primeira vez vou escrever de forma tranquila e sensata, sem um toque de ironia ou sarcasmo em mim.
A minha vida anda de pantanas, completamente de pernas para o ar. Nada é o que era, nem sei se alguma vez o foi.
As coisas correm de mal para pior, parece que um manto de azar cobre a minha família desde Setembro passado... Perdas de pessoas próximas, acidentes, mais perdas, mais acidentes, doenças. Há quem se chateie comigo pois tenho a mania de me armar em ser supremo e desdobrar-me para fazer trinta por uma linha para ajudar quem precisa; dizem que me auto-descuro -- e será isso algo negativo?, quando o meu coração simplesmente me implora para não deixar essas mesmas pessoas? Para não dizer não quando me pedem algo, por mais impensável que possa ser? Contudo nem tudo são rosas; sinto-me a sufocar, preciso do meu espaço vital, dum suspiro mais profundo sem um ar intragável.
Sinto que as pessoas que me rodeiam estão sedentas da minha vida, apoiam-se em mim como se eu de uma apoio eterno me tratasse... É pena não verem que eu também tenho as minhas necessidades.

Comentários

Pedro Araujo disse…
Os lapsos não são maus... deixam-nos reflectir um pouco.

Coragem pini!!! :)
Paulo Figueiredo disse…
acho que deviamos marcar o tal chá acompanhado de 2 dedos de prosa! que dizes?

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