Laços

Pedaços de uma vida que tive outrora. Poderia ser este o início da minha dissertação.

Era uma manhã fria, como tantas outras. As rápidas passadas faziam-se ecoar na rua escura e deserta. Estava uma vez mais atrasada. Mais uma vez corria o risco de perder aquele maldito e pérfido autocarro. Sentimo-nos estupidamente fragilizados quando a monotonia se apodera violentamente da nossa vida. O nosso quotidiano simplesmente deixa de o ser; aparentemente parece que se tornou o quotidiano de outrem.

Era uma noite fria, como tantas outras. Bebia o meu café quente, enquanto folheava o jornal diário buscando boas novas ou simplesmente buscando. Olho, impacientemente, para o relógio, vejo que ainda faltam uns largos minutos para que tu chegues. Que aperto no estômago! Uma sensação agridoce percorre o meu corpo como se de um arrepio se tratasse. Chegaste por fim. Sempre estiveste comigo. E eu nunca me apercebi disso. És tu e o tempo.

Comentários

Silence disse…
É bonito o que escreves, poderia ficar horas a ler. Estarei smp contigo...n te eskecerei alguma vez. Fui eu q te levei akele sitio onde ha más noticias, todos os dias, preocupei-me ctg, senti-me bem em levar-te lá em ajudar-te, em estar contigo...não importa o sítio importa lá estares, não sofreres, isso não!

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